quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Marroquina

BT

Vocês não acham que os coletes da brigada de trânsito deviam ser côr de laranja. É que assim um gajo nunca sabe se eles estão a fazer uma operação STOP ou a mudar um pneu !!

Estudo ciêntifico

Sguedno um etsduo da Uinvesriadde de Cmabgirde, a oderm das lertas nas pavralas não tem ipmortnacia qsuae nnhuema. O que ipmrtoa é que a prmiiera e a utlima lreta etsajem no lcoal cetro. De rseto, vcoe pdoe ler tduo sem gardnes dfiilcuddaes... Itso é prouqe o crebéro lê as pavralas cmoo um tdoo e nao lreta por lerta.

Sentido da Vida

No primeiro dia, Deus criou a vaca. E Deus disse:
'Tens que ir para o campo com o agricultor durante todo o dia e sofrer
debaixo do sol, e dar leite para sustentar o agricultor. Eu dar-te-ei uma
vida de 60 anos.'

A vaca disse:
'É uma vida dura que tu queres que eu viva durante 60 anos. Dá-me somente 20
e eu devolvo-te os outros 40'.

E Deus concordou.

No segundo dia, Deus criou o cão. E Deus disse:
Senta-te todo o dia perto da porta da tua casa e ladra para qualquer pessoa
que entre ou que passe por perto. Eu dar-te-ei 20 anos de vida. '

O cão disse:
'Isso é muito tempo para estar a ladrar. Dá-me somente 10 e eu devolvo-te os outros 10'.

Deus concordou.

No terceiro dia, Deus criou o macaco. E Deus disse :
'Distrai as pessoas, faz truques de macaco e fá-los rir muito. Eu dar-te-ei
20 anos de vida.'

O macaco disse:
'Que cansativo, truques de macaco durante 20 anos!? Acho que não.
O cão devolveu-te 10 anos e é o que eu vou fazer também, ok?'

Deus concordou.

No quarto dia, Deus criou o Homem. E Deus disse:
'Come, dorme, brinca, faz sexo, diverte-te. Não faças nada, simplesmente diverte-te. Eu dar-te-ei 20 anos de vida'.

O Homem disse:
'O quê!? Só 20 anos? Nem pensar! Vamos fazer o seguinte: eu fico com os 40 anos que a vaca devolveu, com os 10 do cão e os 10 do macaco.Isso faz 80. Pode ser?'
'Ok' - respondeu-lhe Deus. 'Negócio fechado.'

É por isso que durante os primeiros 20 anos comemos, dormimos, brincamos, praticamos sexo, divertimo-nos e não fazemos nada.
Os 40 anos seguintes, sofremos ao sol para sustentar a nossa família, os 10 seguintes fazemos figura de macaco para entreter os nossos netos, e os últimos 10 anos sentamo-nos na varanda e ladramos a toda a gente.

ADÃO E ERVA

Afinal Adão foi expulso do Éden por fumar ganzas. Essa teoria explica o facto de ver cobras a falar e de nunca ter comido a Eva.

GOSTO DE ESTAR NA MODA

Se a situação económica Portuguesa se mantiver, este blog passará a ter conteúdos depressivos para acompanhar as tendências.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Somos feitos de carne mas vivemos e agimos como se fossemos de ferro
by Freud

domingo, 4 de novembro de 2007

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

terça-feira, 11 de setembro de 2007

E amanhã...

já sabes que coração vais usar amanhã?
escrevo sem pensar. para compensar as vezes que penso sem escrever.

sábado, 4 de agosto de 2007

Em Portugal nada acontece de bom sem primeiro se testar a mesma situação em mau...

A Necessidade do Mal!

Examinai a vida dos homens e dos povos melhores e mais fecundos, e perguntai se uma árvore que deve elevar-se altivamente nos ares pode dispensar o mau tempo e as tempestades; se a hostilidade do exterior, as resistências exteriores, todas as espécies de ódio de inveja, de teimosia, de desconfiança, de dureza, de avidez e de violência não fazem parte das circunstâncias favoráveis sem as quais nada, nem sequer a virtude, poderia crescer grandemente? O veneno que mata as naturezas fracas é um fortificante para as fortes; ... e por isso não lhe chamam veneno.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

domingo, 1 de julho de 2007

Loucura!

Às vezes não tenho tanto a certeza de quem tem o direito de dizer quando um homem é louco e quando não é. Às vezes penso que não há ninguém completamente louco tal como não há ninguém completamente são até a opinião geral o considerar assim ou assado. É como se não fosse tanto o que um tipo faz, mas o modo como a maioria das pessoas o encara quando o faz.

William Faulkner

quarta-feira, 27 de junho de 2007

A Ligação das Ideias

É a ligação das ideias que sustenta todo o edifício do entendimento humano. Sem ela, o prazer e a dor seriam sentimentos isolados, sem efeito, tão cedo esquecidos quanto sentidos. Os homens sem ideias gerais e princípios universais, isto é, os homens ignorantes e embrutecidos, não agem senão segundo as ideias mais vizinhas e mais imediatamente unidas. Negligenciam as relações distantes, e essas ideias complicadas, que só se apresentam ao homem fortemente apaixonado por um objecto, ou aos espíritos esclarecidos. A luz da atenção dissipa no homem apaixonado as trevas que cercam o vulgar. O homem instruído, acostumado a percorrer e a comparar rapidamente um grande número de ideias e de sentimentos opostos, tira do contraste um resultado que constitui a base da sua conduta, desde então menos incerta e menos perigosa.

Cesare Beccaria

O Homem Que Confessa os Seus Pecados Nunca é o Mesmo Que os Cometeu

Monstro, robot, escravo, ser maldito - pouco importa o termo utilizado para transmitir a imagem da nossa condição desumanizada. Nunca a condição da humanidade no seu conjunto foi tão ignóbil como hoje. Estamos todos ligados uns aos outros por uma igniminiosa relação de senhor e servo; todos presos no mesmo círculo vicioso entre julgar e ser julgado; todos empenhados em destruir-nos mutuamente quando não conseguimos impor a nossa vontade. Em vez de sentirmos respeito, tolerância, bondade e consideração, para já não falar em amor, uns pelos outros, olhamo-nos com medo, suspeita, ódio, inveja, rivalidade e malevolência. O nosso mundo assenta na falsidade. Seja qual for a direcção em que nos aventuremos, a esfera de actividade humana em que nos embrenhemos, não encontramos senão enganos, fraudes, dissimulação e hipocrisia.


Conhecer do facto de que, por muito alto que estejam colocados, os homens não conseguem, não ousam, pensar livremente, independentemente, quase desespero de me fazer ouvir. E se falo ainda, se me arrisco a exprimir os meus pontos de vista sobre certas questões fundamentais, é porque estou convencido de que, por muito negro que seja o panorama, uma mudança drástica é, não só possível, mas até inevitável. Sinto que é meu direito e meu dever de ser humano promover essa mudança. Sem querer, de modo algum, vangloriar-me, gostaria de fazer notar que ao longo de toda a minha obra se encontram provas de que eu próprio sofri uma transformação: e é perfeitamente óbvio e claro que o homem que narra a história da sua vida não é o mesmo que o «herói» que percorre as páginas desses romances autobiográficos. O homem que confessa os seus pecados, os seus crimes ou os seus erros nunca é o mesmo que os cometeu.

Henry Miller

sábado, 23 de junho de 2007

Porquê Camuflar as Nossas Convicções?

Desde que nos propomos emitir uma verdade de acordo com as nossas convicções damos logo a impressão de fazer retórica. Que espécie de prestidigitação vem a ser essa? Como é que nos nossos dias não poucas verdades, proferidas que sejam, por vezes, mesmo em tom patético, imediatamente ganham aspectos retóricos? Porquê é que na nossa época cada vez há mais necessidade, quando pretendemos dizer a verdade, de recorrer ao humor, à ironia, à sátira? Porquê adoçar a verdade como se se tratasse de uma pílula amarga? Porquê envolver as nossas convicções num misto de altiva indiferença, digamos, de desprezo para com o público? Numa palavra, porquê certo ar de pícara condescendência? Em nossa opinião, o homem de bem não tem de envergonhar-se das suas convicções, ainda mesmo que estas transpareçam sob a forma retórica, sobretudo se está certo delas.


Fiodor Dostoievski, in "Diário de um Escritor"

O Comportamento que Gera Influência!

Um homem sincero e verdadeiro nas suas palavras, prudente e circunspecto nas suas acções, terá influência, mesmo entre os bárbaros de centro e do norte. Um homem que não é nem sincero, nem verdadeiro nas suas palavras, nem prudente e circunspecto nas suas acções, terá alguma influência, mesmo numa cidade ou numa aldeia? Quando estiverdes em pé, imaginai essas quatro virtudes (a sinceridade, a veracidade, a prudência e a circunspecção) conservando-se perto de vós, diante dos vossos olhos. Quando estiverdes num carro, contemplai-as sentadas ao vosso lado. Desse modo, adquirireis influência.


Confúcio, in 'Os Anacletos'

Fragmento do Homem!

Que tempo é o nosso? Há quem diga que é um tempo a que falta amor. Convenhamos que é, pelo menos, um tempo em que tudo o que era nobre foi degradado, convertido em mercadoria. A obsessão do lucro foi transformando o homem num objecto com preço marcado. Estrangeiro a si próprio, surdo ao apelo do sangue, asfixiando a alma por todos os meios ao seu alcance, o que vem à tona é o mais abominável dos simulacros. Toda a arte moderna nos dá conta dessa catástrofe: o desencontro do homem com o homem. A sua grandeza reside nessa denúncia; a sua dignidade, em não pactuar com a mentira; a sua coragem, em arrancar máscaras e máscaras.

E poderia ser de outro modo? Num tempo em que todo o pensamento dogmático é mais do que suspeito, em que todas as morais se esbarrondam por alheias à «sabedoria» do corpo, em que o privilégio de uns poucos é utilizado implacavelmente para transformar o indivíduo em «cadáver adiado que procria», como poderia a arte deixar de reflectir uma tal situação, se cada palavra, cada ritmo, cada cor, onde espírito e sangue ardem no mesmo fogo, estão arraigados no próprio cerne da vida?
Desamparado até à medula, afogado nas águas difíceis da sua contradição, morrendo à míngua de autenticidade - eis o homem! Eis a triste, mutilada face humana, mais nostálgica de qualquer doutrina teológica que preocupada com uma problemática moral, que não sabe como fundar e instituir, pois nenhuma fará autoridade se não tiver em conta a totalidade do ser; nenhuma, em que espírito e vida sejam concebidos como irreconciliáveis; nenhuma, enquanto reduzir o homem a um fragmento do homem. Nós aprendemos com Pascal que o erro vem da exclusão.


Eugénio de Andrade, in 'Os Afluentes do Silêncio'

A Vida Vazia da Cidade!

Instalámo-nos, portanto, na cidade. Aí toda a vida é suportável para as pessoas infelizes. Um homem pode viver cem anos na cidade, sem dar por que morreu e apodreceu há muito. Falta tempo para o exame de consciência. As ocupações, os negócios, os contactos sociais, a saúde, as doenças e a educação das crianças preenchem-nos o tempo. Tão depressa se tem de receber visitas e retribuí-las, como se tem de ir a um espectáculo, a uma exposição ou a uma conferência.
De facto, na cidade aparece a todo o momento uma celebridade, duas ou três ao mesmo tempo que não se pode deixar de perder. Tão depressa se tem de seguir um regime, tratar disto ou daquilo, como se tem de falar com os professores, os explicadores, as governantas. A vida torna-se assim completamente vazia.


Leon Tolstoi